RPA o que é esta sigla? RPA significado de Robotic Process Autommation, é uma tecnologia que transforma processos lentos e manuais em atividades extremamente rápidas e automáticas.
Normalmente, há um primeiro mapeamento de processo por um analista de negócios. Neste momento, ele identifica “atividades braçais”, repetitivas, com pouca ou nenhuma decisão envolvida.
Em seguida, são mapeados os sistemas envolvidos, tipos de acesso, usuários, perfis, funções, forma de autenticação na ferramenta. Isso permite configurar o robô para simular um acesso humano.
Depois, são listados todos os passos em sequência de execução. Aqui, também são verificadas as exceções que podem ocorrer e como tratar cada possibilidade. Em programação chamamos isso de algoritimo.
Testes de integridade dos dados podem ser necessários.
O RPA autônomo utiliza inteligência artificial para tomar decisões sozinho e até a aprender novos fluxos.
Riscos em RPA
A execução automática de um erro que era cometido esporadicamente de forma manual pode aumentar exponencialmente um problema.
Se o processo está um caos, não adianta automatizar o caos. Dê um passo atrás, faça um mapeamento de processo, identifique atividades desnecessárias, duplicadas, e revise os controles.
Governança, Riscos e Compliance podem aproveitar o potencial dos robôs e substituir atividades repetitivas como consultas de due dilligence, busca de informações para apurações de denúncias de ética e conduta, testes de controles, auditoria interna, auditoria contínua, preenchimento de cadastros, envio automatico de e-mails, geração de relatórios e etc..
A Harvard Business Review publicou um artigo em inglês, intitulado: “Você está desenvolvendo habilidades que não serão automatizadas?”. Gurus falam que algumas profissões irão acabar? O que você pensa sobre o futuro da Auditoria Interna, Riscos e Compliance? Comente a respeito!
O que significa integridade? Seria um sinônimo de Compliance? Integridade vem do latim integritate. Com raiz latina, integridade significa retidão moral, inteireza, condição de ser inculpe e sem defeito. Também pode se referir a integridade física, social e falando de tecnologia, de integridade de dados. Focaremos aqui, no sentido humano, profissional, corporativo e no serviço público.
Em tempos de corrupção desenfreada, vivemos uma crescente necessidade de retomada da ética na sociedade e nas corporações. Mas o que é ética?
Responder o que é integridade depende de varios fatores: normalmente é considerada uma virtude moral, pode ter uma motivação espiritual, pode ser fruto do âmbito familiar, formação acadêmica ou simplesmente da personalidade.
Estudiosos do comportamento humano já tentaram estudar a influência do ambiente em que a pessoa vive na formação de seu caráter e na escolha de suas ações. Veja o exemplo abaixo:
Teoria das janelas quebradas
O psicólogo de Stanford Philip Zimbardo realizou um experimento social, depois publicado em um artigo entitulado “Janelas Quebradas”.
Ele deixou um carro sem placas no bairro do Bronx (um bairro menos favorecido) e um segundo carro nas mesmas condições em Palo Alto, região mais próspera na Califórnia.
Zimbardo observou que minutos após o abandono, o carro que estava no Bronx começou a ser depenado. Os primeiros indivíduos, levaram o radiador, a bateria e outras peças do carro. Em 24 horas, o carro do Bronx estava completamente depenado e as crianças já o utilizavam como playground.
Em Palo Alto, sete dias após o abandono, o carro permanecia intacto.
Seria o vandalismo uma característica exclusiva de bairros pobres? Veja o que Philip fez a seguir.
O cientista deu um golpe de martelo na janela, abandonando novamente o carro no bairro rico.
Pouco depois, mais pessoas se juntaram para a destruição. Os vândalos de Palo Alto eram bem vestidos, pessoas de cabelos cortados e aparentemente respeitáveis.
Este resultado demonstra um sentimento de manada, quase instintivo, de algumas pessoas. Ele independe exclusivamente de posição social ou formação educacional.
Há variáveis mais complexas para explicar a mudança de comportamento repentina após a primeira janela quebrada em Palo Alto.
Basta um estopim, uma ação rebelde, para desencadear um efeito dominó onde indivíduos tidos como íntegros passam a mimetizar o mesmo comportamento questionável, desagradável, ilegal ou imoral, todos da mesma forma, sem direção planejada.
Diz-se que há 3 grupos de pessoas quando se fala de integridade
“Integridade nata”: a pessoa íntegra segue as regras, tem um código de ética próprio, não faz concessões, independentemente do contexto, da situação pessoal, de eventuais perdas financeiras ou até mesmo danos físicos ou emocionais. Valorizam a honestidade acima de tudo. Também são conhecidos como objetores de consciência.
“Depende da situação”: O segundo grupo é íntegro em geral, mas em situações específicas de fortes emoções, desequilíbrio emocional, sentimento de injustica, desejo de vingança ou risco de segurança iminente, ou até de vida cedem à pressão e desobedecem seus próprios princípios e consciência. Para estes são comuns as seguintes justificativas: “os fins justificam os meios. Fulano faz coisas piores do que eu. Não prejudiquei ninguém!.”
“Nunca”: Por fim há um terceiro grupo: os não íntegros por natureza. Desobedecem por bel prazer, a transgressão é gratuita – às vezes sem nenhum benefício pessoal. No entanto, a maioria quer tirar vantagens: símbolos do “jeitinho brasileiro”. Usam subterfúgios para fugir da fiscalização. Não há como conter: é da natureza deles.
A natureza do escorpião
Em uma antiga fábula, uma tartaruga estava às margens de um rio, preparando-se para atravessá-lo, quando o escorpião chegou e pediu uma carona. A tartaruga lhe disse: “Estás louco? Depois, Tu me picará e eu vou morrer.” O escorpião retrucou: “Se você morrer, eu também morrerei, pois não sei nadar.”
A tartaruga deu carona e começou a travessia. Na metade do caminho, o escorpião pifou a tartaruga que lhe carregava. “O que você fez? Nós dois vamos morrer! Caráter não muda mesmo!”, disse a tartaruga, ao que o escorpião afirmou: “Não pude me conter, é a minha natureza.”
O que significa Integridade Corporativa?
A Governança Corporativa estabelece normas, políticas e procedimentos a serem seguidos para mitigar riscos.
Normalmente há um código de conduta estabelecido e publicado para os colaboradores seguirem essas regras.
Apurações e responsabilizações por desvios de conduta normalmente vem em medidas ou sanções disciplinares: advertência verbal, por escrito, suspensão, desligamento e até mesmo a temida “justa causa”.
Programa de Compliance
O Programa de Compliance é o conjunto de recursos, processos, ferramentas e comunicações que refletem como a Companhia lida com este tema sério. Fazem parte deste programa ações como treinamentos, palestras, comunicação interna em murais, mídia eletrônica e etc..
Um canal de conduta facilita o recebimento de denúncias estruturadas e fundamentadas. Além disso, este instrumento aumenta a percepção de que a empresa tem uma cultura de combate à fraudes e corrupção.
Quem fiscaliza tudo isso? Uma metodologia de Auditoria Interna, amplamente divulgada pelo IIA Brasil sugere 3 linhas de defesa IIA:
Primeira linha de defesa: gestor do processo precisa ter o comprometimento na defesa da empresa;
Segunda linha de defesa: Controles Internos / Gerenciamento de Riscos, Gestão de Compliance, auxiliam na criação do mapa de risco;
Terceira linha de defesa: Auditoria Interna testa a efetividade dos controles internos e aponta as deficiências em um relatório de acordo com o planejamento de Auditoria.
Auditorias externas: corroboram achados de forma independente. As 4 principais (Big Four) empresas de consultoria e auditoria externa são: Deloitte, PwC, E&Y e KPMG.
Compliance e Fiscalização na Administração Pública
Na administração pública os órgãos de vigilância são necessários pela ficalização do cumprimento regulatório e da transparência do processo. No setor público existem centenas de órgãos, agências e entidades reguladoras e fiscalizadoras. Veja alguns exemplos de agência reguladora:
ANS: Saúde;
ANVISA: Vigilância Sanitária;
BACEN: Banco Central;
PROCON: Direito do Consumidor:
ANATEL: Telefonia.
ANPD: Autoridade Nacional de Proteção de Dados, será responsável por fiscalizar o cumprimento da LGPD.
Também existem organizações não governamentais que representam classes de trabalhadores. Essas tem certo papel de fiscalização legal e de ética profissional. Alguns exemplos:
CFM: Conselho Federal de Medicina;
CRM: Conselho Regional de Medicina;
OAB: Ordem dos Advogados do Brasil.
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