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Auditoria Tecnologia da Informação

Auditoria de TI na prática: primeiros passos

Auditoria de TI é uma das linhas de defesa voltada para a avaliação de riscos e controles que envolvem tecnologia da Informação (GTAG-1).

Auditar o ITGC (Information Technology General Controls) é um dos primeiros aprendizados do auditor com formação em TI.

Auditoria de TI é uma das linhas de defesa voltada para a avaliação de riscos e controles (ITGC) que envolvem tecnologia da Informação (GTAG-1), segurança da Informação e uso de dados pessoais na Auditoria Interna.

Auditar o ITGC (Information Technology General Controls) é um dos primeiros aprendizados do auditor com formação em TI.

ITGC

ITGC é sigla em inglês para o conjunto de Controles Gerais de Tecnologia da Informação. O ITGC é dividido em 4 grupos:

Access to Program and Data

Acesso a Programas e Dados geralmente considera os seguintes itens:

  • Políticas e procedimentos;
  • Revisões periódicas de acessos;
  • Parâmetros de senha;
  • Contas de acessos privilegiados (root, superuser);
  • Acesso físico;
  • Segregação de funções de acesso;
  • Criptografia;
  • Autenticação de sistemas;
  • Logs de auditoria;
  • Segurança de rede.

Program Changes and Development

Programa de Mudanças ou gestão de mudanças e desenvolvimento envolve os seguintes temas:

  • Políticas e Procedimentos;
  • Metodologia de desenvolvimento de sistemas;
  • Migração entre ambientes e segregação de funções (desenvolvimento, homologação e produção);
  • Configuração de mudanças;
  • Mudanças emergenciais;
  • Migração de dados e controle de versões;
  • Pós implementação: testes e revisão.

Computer Operations

Operação de Computadores abrange atividades cotidianas como:

  • Processamento Batch;
  • Monitoramento de jobs;
  • Procedimentos de cópia de segurança (backup) e recuperação (recovery) de dados;
  • Mudanças no agendamento de jobs batch;
  • Controles de ambiente (temperatura, fumaça, inundação);
  • Plano de Recuperação de Desastres (DRP);
  • Plano de Continuidade de Negócio (BCP);
  • Gerenciamento de atualizações.

GTAG

Como complemento ao ITGC, o GTAG (Global Technology Audit Guide) é um guia de boas práticas para auditar TI. Este guia foi desenvolvido pelo Instituto de Auditores Internos (IIA).

  • GTAG 1: Information Technology Controls
  • GTAG 2: Change and Patch Management Controls: Critical for Organizational Success
  • GTAG 3: Continuous Auditing: Implications for Assurance, Monitoring, and Risk Assessment
  • GTAG 4: Management of IT Auditing
  • GTAG 5: Managing and Auditing Privacy Risks
  • GTAG 6: Managing and Auditing IT Vulnerabilities
  • GTAG 7: Information Technology Outsourcing
  • GTAG 8: Auditing Application Controls
  • GTAG 9: Identity and Access Management
  • GTAG 10: Business Continuity Management
  • GTAG 11: Developing the IT Audit Plan
  • GTAG 12: Auditing IT Projects
  • GTAG 13: Fraud Prevention and Detection in the Automated World
  • GTAG 14: Auditing User-developed Applications
  • GTAG 15: Formerly Information Security Governance–Removed and combined with GTAG 17
  • GTAG 16: Data Analysis Technologies
  • GTAG 17: Auditing IT Governance

Gestão de Acessos Lógicos

A gestão de acessos lógicos é a célula responsável por conceder, bloquear e revogar acessos lógicos. Estes acessos podem ser à sistemas (AD, aplicações, bancos de dados), infraestrutura (pastas de rede, firewall, VPN) ou hardware (usb, impressoras, servidores, data centers).

Auditar este processo (GTAG-9) envolve verificar:

  • Há exigência de senhas fortes (tamanho mínimo, caracteres especiais, letras e números, caracteres especiais)?
  • Na troca, as senhas anteriores podem ser reutilizadas?
  • Há expiração por tempo de uso?
  • Há bloqueio por tentativas incorretas e consecutivas?
  • As senhas são armazenadas com criptografia?
  • Há senhas compartilhadas?
  • Há usuários genéricos, sem responsável ou sem senha definida?
  • Os acessos são revisados periodicamente?
  • Movimentações e desligamentos são comunicados para revogação ou adequação de acessos?

Existem companhias que centralizam a Gestão de Acessos em um departamento de Segurança da Informação.

Segurança da Informação

ISO27000 é talvez um dos principais guias na condução de trabalhos que avaliem riscos de segurança da informação.

Geralmente são avaliados os seguintes temas: gestão de acessos de software e rede, atualizações de segurança, atualização de antivírus, regras de firewall, acesso remoto (VPN – Virtual Private Network), gestão de incidentes de segurança, prevenção de vazamento de informações (DLP – Data Loss Prevention), uso de dispositivos móveis, mídias removíveis, proteção contra hackers e ciber ataques. (GTAG-15).

A segurança dos dados pessoais é especialmente importante com a implantação da nova lei de proteção de dados pessoais – LGPD. Os dados de uma empresa podem conter inúmeras informações pessoais. A proteção destes dados exige criptografia, armazenamento seguro, anonimizar dados pessoais completos e novos cuidados na coleta de dados web.

Desenvolvimento de Software

Avaliar o SDLC (Software Development Life Cycle) envolve o controle de versões, armazenamento seguro de código fonte, uso seguro de bibliotecas e API’s. (GTAG-8)

Operação

Avaliar os riscos e controles que garantem o funcionamento do negócio. Como garantir que os dados estejam disponíveis, acessíveis e íntegros?

Quando algo deixa de funcionar, como são os processos de Suporte, solução de Incidentes e Problemas?

Propriedade e Uso de Software

Existem controles de Licenciamento de software? Há uso de software livre (open source) e shadown IT (GTAG-14)?

Projetos e Terceirização

Há gestão de projetos que permita o acompanhamento do uso de recursos, qualidade das entregas, cumprimento de cronograma? (GTAG-12)

Há projetos terceirizados? Existe risco trabalhista? Conflito de interesses? (GTAG-7)

Os terceiros têm acesso a dados desnecessários, sensíveis, sigilosos ou estratégicos? (GTAG-5)

Continuidade

O programa de Continuidade ou BCM (Business Continuity Management) contém uma série de documentos e atividades para garantir a retomada de sistemas críticos. (GTAG-10)

DRP (Disaster Recovery Plan) é o plano de recuperação de desastres.

No caso de um evento negativo que interrompa as atividades da Companhia, o DRP indica as ações que devem ser tomadas para a retomada dos serviços e quem são os responsáveis por cada uma delas.

Governança

Cada vez mais comum nos departamentos de TI, a área de governança de TI participa e auxilia na primeira linha de defesa de riscos e controles.

Algumas das atividades podem ser: gestão de SLA (Service Level Agreement), acompanhamento de indicadores, orçamento, gestão de fornecedores, mudanças, incidentes, problemas e etc (GTAG-2).

Curso de auditoria de TI

Em geral, não há muitas opções de curso de auditoria de tecnologia da informação. Há pós-graduações, matérias em alguns cursos de graduação, certificações profissionais, mas poucos cursos de base profissionalizante.

Como começar na auditoria de TI?

Normalmente, o profissional inicia a sua carreira em um processo de trainee em uma Big 4. Estão neste grupo as 4 maiores empresas de Consultoria ou Auditoria Externa. São elas: Deloitte, E&Y, KPMG e PwC.

Auditoria Contínua de TI

Quando o teste de riscos e controles é realizado de forma automatizada e periódica chamamos a atividade de Auditoria Contínua (GTAG-3). O ACL Analytics é uma das principais ferramentas de Auditoria Interna. Leia mais aqui.

Referências sobre Auditoria de TI

COBIT, Isaca

ITIL, Axelos

ISO/IEC, ABNT

GTAG, IIA

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